Pesquisador na área há mais de 20 anos, autor aborda uso de ferramentas de inteligência artificial e algoritmos nas plataformas digitais
Inteligência artificial, machine learning, direitos autorais, algoritmos e claro, música. Estes são os temas tratados no livro “A Indústria Fonográfica Digital: Formação, Lógica e Tendências”, de Leonardo De Marchi, jornalista, professor e pesquisador da Escola de Comunicação da UFRJ. Lançado pela editora Mauad X, o ensaio de 160 páginas reúne um conjunto de textos desenvolvidos pelo autor nos últimos 10 anos, acompanhando as mudanças da indústria fonográfica e sua digitalização. O trabalho atualiza questões sobre a financeirização da música, a produção de música por inteligência artificial, enquanto aponta sobre as possibilidades em relação aos direitos autorais nas plataformas digitais.
“É uma sequência do que eu havia escrito no meu primeiro livro, ‘A Destruição Criadora da Indústria Fonográfica: 1999-2009’, no qual falava de um processo de transformação. Então, o que faço agora com a indústria fonográfica digital é dizer o que aconteceu, qual foi o resultado desse processo de mais de uma década. Na medida em que compreendi que a indústria fonográfica havia passado pelo seu momento de destruição criadora e caminhava para uma consolidação de um modelo de negócio ao redor das plataformas de streaming, enquanto aponta para uma série de novidades que prometem de fato mudar para o bem ou para o mal.”, descreve De Marchi.
Fruto das pesquisas acadêmicas, das palestras e dos cursos que ministrou na última década, “A Indústria Fonográfica Digital: Formação, Lógica e Tendências” é um livro de fácil leitura. Voltado para interessados no mercado da música, na economia criativa e profissionais que desejam saber mais sobre a convergência entre fintechs e a música, e quais são as oportunidades de negócios que podem ser encontradas nesta nova fase da indústria musical.
Já os fãs de música encontram no livro um manual que busca explicar como a indústria da música chegou neste momento, quais são os fatos mais relevantes dentro desta história da indústria musical e sua digitalização, e quais são as possibilidades para o futuro: “Os consumidores de música vão encontrar neste livro explicações sobre a importância dos sistemas de recomendação automática, qual é a potencialidade da música produzida por inteligência artificial… Esse fã de música, mesmo que não esteja envolvido com a produção, ele vai encontrar ali toda uma explicação sobre o que é a indústria da música hoje.”, avalia o professor.
Conheça o autor
De guitarrista a jornalista e, posteriormente, pesquisador. O interesse de Leonardo De Marchi em escrever sobre música iniciou no fim da década de 90, enquanto ainda cursava Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na UFF (Universidade Federal Fluminense). De lá pra cá, adquiriu experiência profissional escrevendo para a revista Backstage (1999-2000) onde acabou conhecendo mais sobre o mercado da música no Brasil, acompanhando o crescimento das gravadoras independentes brasileiras e o início da digitalização do mercado.
Ainda na UFF, descobriu sua vocação para a pesquisa e deu início à sua carreira na academia, primeiro como bolsista de Iniciação Científica pelo CNPq, na pesquisa “Música eletrônica, tecnologias da comunicação e dinâmicas identitárias”. No Mestrado em Comunicação, pela UFF com bolsa do CNPq, desenvolveu a investigação “A nova produção independente: indústria fonográfica brasileira e novas tecnologias da informação e da comunicação”. No doutorado, na Eco-UFRJ, com bolsa concedida pelo CNPq, realizou pesquisa que originou o seu primeiro livro, “A Destruição Criadora da Indústria Fonográfica: 1999-2009”. Realizou parte do seu doutorado na Universidade Carlos III de Madrid, na Espanha, com auxílio da Capes. Sua tese de doutorado recebeu o I Prêmio de Economia Criativa: Edital de Apoio a Estudos e Pesquisas, do Ministério da Cultura.
Entre 2012 e 2015, realizou pesquisa de Pós-Doutorado na Eca-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo), com bolsa concedida pela FAPESP. Entre 2016 e 2020, foi bolsista pela Capes na UERJ, pela Faculdade de Comunicação Social. Atualmente é membro permanente e vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Comunicação, na UFRJ, e professora da Escola de Comunicação da mesma instituição. Seus livros e artigos científicos abordam temas como: indústria da música, indústria audiovisual digital, economia política da comunicação e cultura, políticas culturais, mercado financeiro e tecnologias da informação.
O livro pode ser adquirido diretamente no site da editora Mauad X ou nas livrarias de sua preferência.
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