Irrefreáveis, os Hoovaranas dominam o formato power trio no novo disco ‘Três’

Música

Formada em 2018 na cidade de Ponta Grossa, interior do Paraná, a hoovaranas traz frescor para a música instrumental brasileira ao misturar elementos do math rock com jazz, rock progressivo, shoegaze e psicodelia com técnica e criatividade. Com lançamento no dia 12 de julho, Três é o novo disco do grupo.

Além de ser o terceiro lançamento cheio de 3 virtuosos jovens músicos, Três também representa o expandir dos horizontes de Rehael Martins, Eric Santana e Jorge Bahls, que buscaram diferentes ritmos, timbres e atmosferas para sua nova criação. Mais uma vez a conexão e a sinestesia entre eles surpreende: tocando juntos desde seus respectivos 15, 16 e 18 anos, apresentam mais um capítulo de sua saga instrumental.

Divulgação

Composto como uma trilha sonora imersiva, o disco propõe um passeio lúcido na confusão urbana e um êxtase lúdico com paisagens bucólicas, carregando na diversa gama de ritmos a imprevisibilidade dos sentimentos humanos num mundo contemporâneo que tem o poder de nos destruir, mas também de nos encantar. As diferentes temáticas espalhadas pelo álbum apresentam a hoovaranas como um trio de jovens mais experientes, que conseguem traduzir emoções e questionamentos ainda que em melodias instrumentais:

“Três” traz um olhar mais realista e pesado sobre a vida em si, nossos problemas internos e como o externo nos afeta, as questões da modernidade, ansiedade, depressão, males cada vez mais comuns e que já fazem parte do nosso dia a dia. O disco traz uma sombra, não de uma forma negativa, mas de uma forma mais interna, melancólica e emotiva” explica Eric, baterista da banda.

Irrefreáveis, os hoovaranas dominam o formato power trio e, nos 31 minutos do disco, esbanjam não somente técnica, mas também um virtuoso sentido de composição, que por diversas vezes coloca baixo, guitarra e baterias num potente fluxo caótico, sem jamais soar confuso. Não são raras as vezes em que um dos instrumentos se sobrepõe aos demais, trazendo à luz arranjos complexos e criativamente elaborados, para depois voltar a mergulhar – e por vezes até colidir – na vibrante teia sonora que torna Três um disco que seduz para ser apreciado sem pausas na audição, de seu hipnotizante início com Fuga até o delicado fim na última faixa, Cura (Olhos D’água). Diferente do álbum anterior – o ótimo Alvorada, que figurou em diversas listas de melhores de 2022 – ‘Três’ não foi gravado em um só take, permitindo ao trio incluir mais camadas e efeitos na pós-produção do trabalho. 

Com captação de Luis Vinicius Pacheco (@viniciuspiralinda), mix e master de Alejandra Luciani (@sugarkaneaudio) e produção do próprio baterista Eric Santana, ‘Três’ conta com 8 faixas, incluindo o single Frenesi (que ganhou um videoclipe que estreia dia 12, junto com o disco) e uma versão de Refazendo, originalmente lançada pelos Boogarins.

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