Into Morphin – Sick Songs For a Sicker World

Música

Formada em 1998, a Into Morphin pertence a uma geração de bandas de metal que não seguiu a cartilha ditada pela cena local até a segunda metade dos anos 1990. Carregando uma bagagem bem mais antenada com a cena Death e Doom daqueles tempos, o núcleo formador da banda (o vocalista Petillo Jr, o baixista Márcio Henrique e o guitarrista Hélio Santos, único a continuar na banda) procurava, desde o início, pautar seu som em um leque de influências que os aproximou instantaneamente de um público que estava conectado a bandas novas e que não se sentia representado no radicalismo que vinha pautando a cena thrash local desde a década anterior.

Em outra ação ousada e pioneira, antes de existirem plataformas organizadas de streaming, a IM lançou em 2001 o que seria  nos dias atuais um single da faixa “My Rotten Dreams”, em formato MP3, o que impulsionou bastante tanto a coletânea “The Winds of a New Millennium III”, estreia fonográfica da banda, quanto seu nome fora do estado. Seguiram-se “Shut Your System Down” e “The Upcoming Blasfemy”, e então uma série de mudanças na formação.

Novamente estabilizados com Hélio Santos (guitarra), Sérgio Moura Fé (que já foi vocalista e agora se fixa como baixista), Acélio Jr (guitarra, ex Morbydia); Marcius V. (vocais) e Jean Souza (bateria), a banda lançou o EP “Nights in the Abiss” pouco antes da pandemia, e agora apresenta seis canções, quatro delas inéditas, e duas que já haviam sido apresentadas ao público em forma de singles  (“We, The Gods” e “The False Jester”).

“Sick Songs For a Sicker World” chama de súbito à atenção pela agressividade da dupla de guitarras, que nunca soaram tão pesadas. A ausência definitiva de teclados na formação, que durante muito tempo foi assinatura sonora da banda, também contribui para a presença mais notada da dupla de guitarras. Também é nítida a queda mais acentuada para as influências de death metal, principalmente o sueco. O doom metal aparece em linhas mais melódicas em “The False Jester” e “Atlas”; uma evidência clara das influências da atual formação.

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