Bruno Ítalo lança Exsicata, seu primeiro livro, pela editora Reformatório

Livros

Bruno Ítalo acaba de publicar seu primeiro livro de poesia, Exsicata, que saiu pela editora Reformatório (SP). Em vídeo de apresentação da obra, o poeta César Magalhães Borges explica que “exsicata” é uma planta que pode ser guardada num livro para preservá-la em seu apogeu, funcionando como metáfora para definir a poesia enquanto “forma de guardar uma essência nossa numa página para todo o sempre, enquanto o sempre durar”.

O livro, com capa e ilustrações do artista piauiense Antônio Amaral, é dividido em quatro partes, sendo a primeira panorâmica e as demais temáticas. Em suas quatro seções, a coletânea apresenta desde poemas existenciais e autobiográficos em versos livres até poemas visuais que exploram jogos de palavras, passando ainda pelos poemas minimalistas de inspiração japonesa (haicai). O texto de orelha, do escritor Alex Sampaio, destaca: “Os poemas procuram (e o leitor encontra) dentro do cotidiano os grandes temas da humanidade, como sentido da vida e mortalidade”.

Em trecho de seu prefácio, César Magalhães Borges acrescenta: “artista que pesquisa e intui para se construir, Bruno Ítalo explora o branco da página, a escala, latitude e longitude dos sentidos, em ricos poemas de matriz visual”.

Exsicata – o livro

Exsicata significa amostra de plantas. É a forma de armazenar as amostras para estudo e análise. Uma metáfora para o objeto do livro. No chão do texto, cada poema nasce enquanto é arrancado do poeta para exposição ao leitor. Exsicata excita e excede. Fica à mostra. Mostra-se. Fixa.

O que liga os poemas é o cotidiano. Os poemas procuram (e o leitor encontra) dentro do cotidiano os grandes temas da humanidade, como sentido da vida e mortalidade. Para isso, o poeta se utiliza de cenas rotineiras, que vão desde o ato de caminhar, até observar o filho dormindo; desde apagar as luzes, até observar as constelações. Do comum aparece o inusitado. A leitura nos conduz do cotidiano para o espanto. As palavras se mexem, se contorcem e saltam entre o chão do concreto e o voo da abstração. O texto tem planta, chão – e decola. 

Poemas que martelam textura e som. Por dentro, ecoam os grandes temas da humanidade, sem que se deixe de ouvir as marteladas da desconstrução desses temas. Construção e desconstrução alternam-se numa escrita contemporânea que também alcança e tateia críticas sociais. 

Bruno Ítalo. Foto: Redes sociais do autor

Bruno Ítalo lê as mãos do poema como quem anda de mãos dadas com a família, ou como quem balança as mãos soltas na solidão. 

O livro conta ainda com o posfácio da artista carioca Elaine Pauvolid, para quem a obra “enfeixa poemas caleidoscópios de memórias, o registro de sua percepção do mundo”.

A aquisição pode ser feita no site da Editora Reformatório e em contato direto com o autor (@bispoesias).

Link para compra: https://editorareformatorio.minhalojanouol.com.br/exsicata/p

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