Project46 passou por Teresina com a “Terra de Ninguém Tour” e não deixou pedra sobre pedra

Show

Noite de sábado em um clima até agradável para o período mais quente do ano na cidade, conhecido mundialmente como B-R-Ó BRÓ, que são os meses do ano terminados com BRO, e mesmo nesse calor, que parece querer nos exterminar, o Bueiro do Rock viu mais uma vez a casa cheia.

A noite começou com os teresinenses da Into Morphin, que infelizmente não conseguimos chegar a tempo de ver. A banda de Death Metal, formada ainda nos anos 1990, já lançou vários trabalhos, sendo seu último, o excelente EP Sick Songs for a Sicker World. A banda é uma das atrações do festival Maranhão Open Air, que acontece em São Luís nos dias 20, 21 e 22 de outubro e tem confirmado em seu lineup nomes como: I am Morbid, Black Flag, Primal Fear, L7, Into Morphin, Viper, Sinistra, Dead Fish, Facada, Dr Sin, Black Pantera, dentre outros.

Na sequência a Thrauma sobe ao palco para fazer a sua estreia. A banda teresinense começou suas atividades em 2021, mas até então não havia se apresentado. Já lançou 5 singles e tem como influência Slipknot, Sepultura, Machine Head e Pantera. Afinações extremamente pesadas e riffs de metal moderno são a base do seu som. O show foi um pouco prejudicado no começo, o som ficou meio pequeno/baixo, mas logo em seguida pudemos sentir o peso do quarteto: uma cozinha segura, um vocal potente e a guitarra com ótimos riffs do Fábio Dogão. A Thrauma prepara o seu primeiro disco para o próximo ano. Segundo Fábio Dogão, guitarrista e produtor da banda, já está quase tudo gravado, e vai usar o restante do ano para trabalhar com calma no disco.

A Odeon, que surgiu durante a pandemia, no eixo Rio-São Paulo, deu sequência ao baile, como eles mesmos afirmaram ao mostrar toda a sua irreverência e transformar o Bueiro do Rock num grande baile funk, ao tocarem “Baile”. Calma, não se assustem, a banda faz um rock de altíssima qualidade e com uma mistura de sons simplesmente incrível. Dominaram o público com sua simpatia e show super redondo. Grata surpresa da noite, e certeza que para grande maioria do público ali presente.

Os curitibanos da Eletric Mob conquistaram o público logo nos primeiros acordes de guitarra. O quarteto simplesmente botou o Bueiro inteiro para cantar com eles, detalhe: poucas pessoas conheciam a banda. Após convite de Renan Zonta para que o público se aproximasse um pouco mais do palco e com o refrão grudento de “By the Name (Nanana)”, o jogo já estava ganho.  E que vocal absurdo Renan possui. O som por vezes me lembrou alguma coisa do Far From Alaska. A essa altura o público já estava extasiado, mas a porrada ainda viria com força bruta.

Já passava de uma e meia da manhã quando a Project46 começou a detonar tudo com seu Metal/Hardcore. A banda, na ativa desde 2008, fazia turnê de despedida do Jean Patton. Com um currículo enorme, participações em vários festivais importantes, como Monsters of Rock (em 2013) e no Rock in Rio (em 2015),  o quinteto mandou bem demais e esbanjou simpatia e energia.  A roda punk foi uma constante, sem briga e sem confusão, apenas numa sinergia pura.

Eram quase três horas da manhã quando o público, suado, cansado e feliz pôde voltar para casa e dormir, ou pelo menos tentar, após uma noite sensacional.

Parabéns ao Bueiro do Rock por ser sempre este lugar acolhedor; a toda equipe da Xtaff que foi convidada pela D Music, responsável pela “Terra de Ninguém Tour”, para ser a produtora local e entregou mais um evento com excelência.

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