Um fim de semana com a Ariel

Audiovisual

Corri pro cinema assim que liberaram os ingressos para A Pequena Sereia. Queria muito ver a história em live action, já que na infância nem tive a oportunidade de assistir a versão do filme em animação. Aqui em casa não tinha vídeo cassete e muito menos TV por assinatura. Então, pra conhecer as aventuras de Ariel dei a sorte do SBT exibir um desenho animado baseado no filme e foi assim que fui apresentada a Linguado, Sebastião e ao Tritão, dono do mar todinho.

Foto: Divulgação.

Dos anos 90 pra cá procurei saber da história de origem da Ariel, a versão mais realista do conto de fadas que foi romantizado pela Disney. Apesar de achar bem triste não desapeguei da sereia menina e vibrei quando soube da escalação da Halle Bailey para o papel. Sim, você acertou. Sou da turma da “””lacração””” e acredito que representatividade importa sim. Ainda que o filme não tenha trazido nenhuma camada nesse debate, ainda que tenha usado a escalação como uma forma de surfar na pauta, mesmo com tudo isso eu considero muito benéfico a inclusão de pessoas negras e não brancas no elenco. Quantas meninas vão se emocionar se vendo na tela? Inúmeras. Isso mudará vidas e a arte também tem o seu papel social de inverter estereótipos.

Foto: Divulgação.

Debates a parte lá fui eu encontrar com esse mundo marítimo, cheia de expectativa e um pouco de falta de informação, crendo que o filme poderia se aproximar mais do texto original de Hans Christian Andersen. Mas, não. Ele se aproximou mais foi da animação mesmo. 😂 Tem muita similaridade. Levaram a sério o lance de refilmar e teve pouca criação em cima do que já existia. Não vou nem falar de detalhes mais técnicos, pois não me sinto apta. Só vou dizer que faltou um certo encantamento na tela. Algo que poderia ter sido alcançado com mais efeitos, talvez? Pode ser.

Tirando isso, A Pequena Sereia cumpre seu papel de entreter. Tem cenas muito divertidas. Sebastião continua sendo o maior personagem vivo e entrega tudo nos musicais, mesmo sendo um boneco de animação. A Halle tá muito bem na pele de Ariel. Tem ótimas cenas com Javier Bardem, Tritão, e Melissa McCarthy perfeita como a vilã carismática, Úrsula.

Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Sendo eu uma manteiga em constante derretimento não pude resistir ao filtro Disney de emoção extra e fiquei chorosa com o final. Aí corri para casa e dei play na animação no Disney+ e no dia seguinte assisti A Pequena Sereia 2. Praticamente uma overdose do tema e sigo lendo, assistindo e ouvindo tudo relacionado a esse universo de encantamento. Quando entro no hype eu entro mesmo. Mas não fico cega a ponto de não enxergar a realidade.

Eu esperava mais desse live action e tomara que a Disney não invente de fazer uma continuação. A não ser que seja para uma melhor.

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