Sancha estreia com “Americanto”

Música

Com produção do guitarrista Pedro Sá e as participações especiais de Renegado, Lisa Mallet e Coração de Andarilho, álbum está rodando nas plataformas de áudio e no YouTube, onde dois clipes já estão disponíveis.

Mineiro de Belo Horizonte, Sancha faz sua estreia fonográfica solo aos 33 anos, com o álbum autoral Americanto, que já está rodando em todas as plataformas digitais e chegou com o clipe da canção Estrada Real no YouTube.

Produzido pelo guitarrista Pedro Sá e lançado pela gravadora Biscoito Fino, o álbum conta com convidados especiais, como o conterrâneo Renegado, com quem faz dueto em América do Sul, single que anunciou o projeto e saiu acompanhado de clipe reunindo os artistas. A cantora Lisa Mallet é a convidada da faixa Grafite e Coração de Andarilho participa em Terra à Vista, parceria de Sancha com Lucas Ucá.

O álbum reúne nove canções compostas nos últimos anos, à medida que Sancha desenvolvia uma assinatura própria. “A música responsável por fazer o link conceitual entre as nove faixas é ‘Por Aí’, que seria o título do álbum, mas vi que precisava de uma imagem mais concreta. Daí me veio a ideia de Americanto, uma palavra mais sonora, que tem a ver com o conceito anterior e, ao mesmo tempo, brinca com o duplo sentido do neologismo”, revela Sancha.

Sancha lança seu primeiro álbum, ‘Americanto’ (crédito foto Carlos Henrique Reinesch)

A produção é do guitarrista Pedro Sá, músico fundamental em trabalhos de Caetano Veloso, Gal Costa e Adriana Calcanhotto, entre outros. Em Americanto, Pedro também toca guitarra, baixo e violão. “A primeira vez que vi o Pedro Sá foi num show do Caetano, com a banda Cê: eu tinha uns 16 anos e fiquei deslumbrado. Sou muito fã da estética sonora e das ideias do Pedro. O som que ele faz é uma amálgama do clássico com o moderno. Ele conseguiu criar uma atmosfera única para o meu álbum”, comemora Sancha.

Pedro Sá, por sua vez, entrou no projeto depois de escutar canções que recebeu através do pai de Sancha, produtor cultural. “Escutei as músicas e vi que o trabalho dele tinha uma identidade, uma atmosfera muito legal e encantadora. Imaginei o disco de um viajante, uma coisa meio cigana. Gostei disso e comecei a ter ideias em cima das impressões que eu tive”, conta Pedro. Por ter sido produzido em plena pandemia, o baterista Thomas Harres gravou à distância, o que não diminui em nada o entrosamento entre eles. “A gente se entendeu rápido. As ideias foram surgindo naturalmente. O Sancha sabia o que queria, mas ao mesmo tempo aceitou e curtiu as coisas que eu propus. Então, fomos chegando numa sonoridade bastante interessante e única”, complementa Sá.

No caldeirão de influências musicais de Sancha a lista de ingredientes é extensa e variada. Trata-se de um beatlemaníaco que adora The Strokes, Beirut, Phillip Glass, Cartola, Olodum, Django Reinhart, Raul Seixas, Los Hermanos, Jobim e João Gilberto, entre muitos outros. “Teve uma época em que comecei a colecionar CDs clássicos, aí me veio Secos e Molhados, Novos Baianos, Mutantes, Gil e Caetano, Itamar Assumpção, Tropicália… Como bom mineiro, não poderiam faltar Skank, Pato Fu, Tianastácia, Uakti e Sepultura”, lembra Sancha, que antes do projeto solo integrou a banda “Ledjembergs”, de 2007 a 2017.

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