Pangeia: Paula Cavalciuk destila viola caipira sobre o pop em novo disco de estúdio 

Música

A cantora e compositora Paula Cavalciuk lançou seu mais novo disco de estúdio, Pangeia. Com produção musical de Bruno Buarque (que já trabalhou com artistas como Criolo, Karina Buhr, Ney Matogrosso e Anelis Assumpção), o álbum traz 12 faixas autorais e recoloca Paula no radar das boas novas da música brasileira.

Seu último disco, Morte & Vida, de 2016, foi um dos mais elogiados lançamentos da época e rendeu à artista uma indicação na categoria Revelação do prêmio APCA daquele mesmo ano. Além disso, ela também recebeu boas críticas do ícone Gilberto Gil a respeito de seu talento como compositora. Paulista, residente de Sorocaba, com este primeiro álbum Paula se espalhou pelo Brasil, por meio de giros de shows realizados em outros estados brasileiros. 

Pangeia, gravado entre Março e Abril de 2022, período em que a artista completava o último trimestre de gestação de sua filha, vem agora dar sequência à delicada discografia de Paula. “Gravar grávida foi uma escolha estética. Um corpo com muito mais água e peso”, comenta a cantora. Complementarmente à maternidade, o fundamento estético de Pangeia é a viola caipira, característica sonora de Paula desde sempre, que utiliza o instrumento a partir de uma linguagem mais pop, abrindo diálogo direto com construções estilísticas como a percussão e o rock alternativo, entre outros. 

Foto: Lu Bortoline

O instrumento, ligado à cultura caipira, se conecta profundamente com as temáticas do disco: “Pangeia é o chão que pisamos e que todo ser vivo que já tenha visitado este planeta já pisou. Um apelo à terra, costurado às raízes caipiras”, explica Paula.

Na parte temática, neste novo trabalho a artista reflete o mundo a partir de suas perspectivas de vida mais atualizadas, que brotaram de intensos e marcantes episódios em sua vida, como a já mencionada maternidade, a quarentena durante a epidemia de Covid-19, a emergência de problemas sociais nas metrópoles e, evidentemente, o seu retorno para este processo de lançamento musical inédito.

Pangeia não só aponta críticas ao modo de vida da sociedade contemporânea – existem proposições artísticas e algumas perguntas que sugerem formulações coletivas, coisas que a arte faz com muita facilidade. O disco nos lembra da beleza através da canção, da voz, da viola. Um convite ao sonho: um sonhar possível. Afinal, não é de hoje que os passos da humanidade pisam este planeta”, ela conclui.

Sobre Paula Cavalciuk
Paula Cavalciuk é cantora e compositora de Sorocaba (SP). Em 2016 foi indicada ao Prêmio APCA como artista revelação com seu primeiro disco, “Morte & Vida”. Participou do reality show “Na Rota do Rock” que culminou em sua apresentação no Rock in Rio 2017. Seu clipe “Morte e Vida Uterina” ganhou o prêmio de melhor animação, no Anima Latina (Argentina), melhor animação no Cinefest (Votorantim/SP) e indicações que concorriam com produções audiovisuais de grandes nomes da música pop, como Jay-Z (Motion Awards USA 2017) e U2 (UK Music Videos Awards 2018). Sua biografia foi publicada no livro “Vozes Transcendentes”, de Larissa Ibúmi Moreira, ao lado de Liniker, Linn da Quebrada, Johnny Hooker, artistas da atual música brasileira que usam suas vozes para tratar de questões de gênero. Atualmente, Paula trabalha no lançamento de seu novo disco, Pangeia, concebido em estúdio quando estava grávida de sua filha.

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